terça-feira, 28 de abril de 2009

Conhecendo o grafismo infantil e entendendo sua expressão


Numa proposta de construção do conhecimento não se pode deixar de falar em Artes e o desenvolvimento do grafismo na Educação Infantil.
A arte na escola já teve a sua caminhada conforme concepções pedagógicas.
Atualmente, acreditar que o desenho é uma ação espontânea e que não precisa ser desenvolvido com uma ação pedagógica ou que o aluno precisa reproduzir figuras já criadas ou até mesmo infantilizadas pelos adultos, pintando-as dentro dos seus limites, recortando-as e colando-as é salientar uma concepção de Arte marcada pelo mero exercício escolar.
Numa visão construtivista a Arte facilita o desenvolvimento psicomotor sem abafar a criatividade. A finalidade não é a psicomotricidade.
A prática de Arte na Educação Infantil deve proporcionar a criatividade e o adulto (educadores e pais) é o mediador para isso. A Arte deve ser uma atividade cultivada, assim como o desenho como forma de produção desta expressão artística. A escola, juntamente com os pais, nesta concepção, aparece como promotores de uma Cultura Artística, levando em consideração as condições interna (desenvolvimento) e as condições externas (aprendizagem) na criança.
A importância, tanto para os educadores como para os pais, do conhecimento das Etapas do Grafismo, é fundamental para avaliar e intervir com uma ação pedagógica durante o processo.
O adulto precisa conhecer e entender as Etapas do Grafismo Infantil, a fim de não emitir juízos de valores e querer a mera reprodução de figuras estereotipadas.
O desenho é uma linguagem com características próprias individuais e de culturas coletivas.
Valorizar os rabiscos, experimentar vários materiais como: giz de cera, lápis de cor, canetão, carvão e diversos suportes: papel, chão papelão, areia, parede (conforme a idade)..., desenvolver as produções através de descobertas individuais e coletivas é proporcionar um melhor entendimento sobre a importância do desenho para as crianças pequenas.
Até os quatro anos, aproximadamente, o desenho é evidenciado pela Garatuja. Primeiramente, mostra-se desordenada com movimentos amplos e aleatórios que não respeitam o limite da folha. Mais tarde, evidencia-se ordenada, com movimentos mais circulares, ocupando o limite do papel. Após, os rabiscos ganham nome como: mamãe, papai, nenê, bola e mostram algumas mandalas(círculos).
Dos quatro aos seis anos, aproximadamente, os rabiscos vão tomando a forma da figura humana. Chamamos de pré-esquemática.
A figura humana aparece com braços e pernas que saem da cabeça.È o que denominamos Boneco Girino. Mais tarde, os membros saem do corpo.
Há um exagero quanto à proporção e perspectiva. As figuras são grandes ou pequenas demais. É normal a omissão de partes do corpo ou do rosto.Um braço pode ser mais comprido que o outro. Não existe o limite entre o céu e o chão. O sol pode surgir na parte debaixo. Há a justaposição das figuras.
A partir dos seis anos, os desenhos se aproximam mais à realidade, com formas mais definidas; especificando a linha de base de céu e chão.
Aos educadores, cabe o conhecimento das Etapas do Grafismo Infantil como princípio de entendimento dessa expressão artística, além de promover uma idéia cultivada da arte como criação com uma ação pedagógica.
Aos pais, juntamente com a escola, cabe valorizar cada traço desenvolvido do seu filho (a) permitindo a livre expressão sem limitações a juízos de valores estéticos e estereotipados de desenhos.
Meu filho está indo para a escolinha !


Para as famílias que estão vivendo a adaptação de seu (s) filho (s) pela primeira vez há uma série de expectativas e angústias presentes em relação a escola por mais criteriosa que tenha sido a escolha.
Em primeiro lugar a atitude de matricular a criança na escola infantil deve ser pensada, consciente e segura. Não podemos exigir da criança segurança se não passarmos a ela um reforço positivo e tranqüilo referente ao novo ambiente ao qual a criança está ingressando.
A ansiedade é compreensível, natural, mas muitas vezes extrapola os limites desejáveis. Isso acontece principalmente por duas razões.
A primeira é quando os pais acreditam que a escola pode compensar suas próprias falhas na educação dos filhos. A outra, ao contrário, se dá quando imaginam que o ensino formal pode ser um simples prolongamento do padrão educacional praticado dentro de casa, que consideram ideal. Em ambos os casos, o caminho para a frustração está aberto.
Esta situação – limite mostra a necessidade de concretização da família sobre o que esperar de fato da escola. É imprescindível que o pai e a mãe entrem em harmonia com os sentimentos de seu filho (a) num momento de transição, de separação, em que ele (a) ultrapassa o ambiente doméstico para partir em busca do conhecimento que está lá fora.
A criança vai descobrir as regras de um conjunto social mais amplo e ingressar no mundo das normas culturais, que cabe à educação formal transmitir.
A mudança de uma escola para outra é também um momento importante na vida da criança, que jamais deve ser subestimado pelos pais. Muitas vezes os pais transferem o (a) filho (a) de uma escolinha “pequena”, com ensino quase individualizado para uma instituição de grande porte, simplesmente para seguir alguma tradição familiar, ou até mesmo, convenções sociais. Nem sempre isso é o melhor para a criança, que, a partir daí, pode ter uma queda de desempenho. Quantas cobranças, quantas frustrações e quantas expectativas! E a criança lá no meio do vendaval, tentando aprender a içar suas velas para navegar no mar da aprendizagem...
Portanto, a adaptação deve ser progressiva, pacienciosa e criteriosa. Ela faz, muitas vezes, que os pais se sintam aflitos e traz uma situação “dolorosa” tanto para os pais como para os filhos. Cabe aos pais os primeiros reforços para o ingresso seguro da criança no ambiente da educação infantil. A criança não está ainda pronta para saber optar em freqüentar ou não a escola. “Meu filho, queres ir para a escolinha?”; esta pergunta não é a atitude correta.
Os pais tem que evidenciar segurança quanto ao manejo dos seus filhos; claro que estando firmes e tranqüilos em relação à opção da escola.
Um dos recursos de adaptação mais usuais é a presença dos pais na escola durante os primeiros dias de aula. Os pais ficam numa área próxima das salas e as crianças são avisadas de que as atividades são realizadas sempre num espaço separado. Os pais permanecem na escola, mas não na turma. A criança opta entre companhia dos pais e as atividades com os colegas.

* LEMBRE-SE: O INGRESSO NA ESCOLINHA DEVE VIR DA ATITUDE PENSADA, CONSCIENTE E SEGURA DOS PAIS!!!

sábado, 25 de abril de 2009

É importante estabelecer limites?


A criança ao nascer é hedonista, ou seja, vive em busca do prazer e da satisfação de seus desejos. Tanto o bebê como a criança pequena tem a idéia de que o mundo gira em torno de si e de que todas as pessoas e coisas existem apenas para a satisfação de seus desejos, o que chamamos de egocentrismo.
Além dessas características normais ao desenvolvimento, a criança não tem nenhuma noção de valores. Não sabe o que é certo ou errado. Assim, os pais podem aos poucos mostrar, principalmente através de seu modo de ser e viver, o que se pode ou não se pode fazer em sociedade. Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo o que se deseja na vida. É nesse eixo que inicia a tolerância às frustrações.
Quando os pais estabelecem limites, isto é, concordando e incentivando as atitudes positivas e criticando as negativas, com o passar dos anos, a criança terá aprendido as regras básicas de convivência e iniciado de forma sólida o processo de socialização.
Estabelecer limites não é tarefa fácil e muitas vezes quando os pais não encontram formas de orientar os filhos a não agir de maneira errada recorrem a agressão fisica e até mesmo verbal.
A pergunta é: Por que não bater? Porque a criança não aprende verdadeiramente, apenas deixa de fazer certas coisas por medo de apanhar, porque bater não é ensinar a dar limites, apenas estimula a agressão. Os pais com esta atitude ensinam que o comportamento agressivo é válido, que a agressão física é uma atitude normal e praticável, que a força bruta é mais importante que a razão e o diálogo, que ocultar ou omitir fatos pode dar bons resultados de evitar umas boas palmadas, afinal, quando os pais não ficam sabendo dos erros ou faltas dos filhos, não batem, que de quem se espera amor pode vir pancada e agressão.
Mas, então, como disciplinar sem bater? Muitas são as formas de educar os filhos.Pode-se premiar ou recompensar o comportamento sempre que a criança tiver atitudes corretas. É comum que os pais, envolvidos no dia-a-dia, com tantos problemas e a falta de tempo , se esqueçam de elogiar, só lembrando de ralhar, quando os filhos fazem, algo de negativo. Assim, as criança fica, com a sensação de que não vale a pena fazer tudo certinho, já que não recebe estímulo. Por isso a importância de incentivar e ressaltar tudo de bom que a criança faça. Cabe sempre o reforço POSITIVO deixando de lado o NEGATIVO.
O reforço positivo nada mais é do que o ELOGIO à criança, claro que evitando exageros. È necessário entender que premiar não é obrigatoriamente dar coisas materiais. A palavra, o olhar,o abraço... o amor do pai e da mãe ainda são os melhores prêmios. Ao dar carinho e atenção a criança elevará a sua auto-estima e, a cada dia, sentirá mais prazer em agir de forma adequada.

Outra forma de estabelecer limites é fazer com que ela assuma consequências dos seus atos, tanto positivos, quanto negativos. Com a mesma naturalidade e carinho com que se faz os elogios, deve-se conversar e agir quando eles erram, explicando da maneira simples e clara, apontando e fazendo com que reflitam sobre as atitudes incorretas, com cuidado de nunca relacionar uma atitude às características pessoais. Fale com carinho, mas com firmeza e adote um ar de desaprovação e fale calmamente.
O mais importante é: educar sem agredir os filhos e que os pais cumpram o que falam: ameaçou = executou! Prometeu = cumpriu. Tem que ter coerência.
Dê o exemplo sempre!
Educar é uma tarefa árdua e cansativa e é uma formação continuada.Tem que ter persistência e paciência.
Educar é sinônimo de levar um tempo, mas é a melhor forma para ter filhos cidadãos, responsáveis e conscientes de seus direitos e deveres.